Quer casar comigo? ... Tyffany's, anel de noivado.... o que é isso!?!

Acho que a primeira vez que meu marido lindo me pediu em casamento foi em São Paulo, no meu apartamento, quando me pediu para levar alguns documentos no caso de eu resolver, decidir, querer morar com ele na Noruega, foi assim que ele disse, então, acho que foi essa, a primeira vez, mesmo que indiretamente.

Indiretamente! e eu que sempre assisti aqueles filmes americanos aonde o rapaz lindo chega com aquele anel com um diamante gigante geralmente comprado na Tiffany`s.

Meu norueguês nem sabia o que era Tiffany's, é sério, nem eu acreditei quando ele falou, lógico, que fiz o comentário, que lindo, isso ele é mas não saber o que é Tyffany's....não pode!

Tínhamos passado pelo Chile, Ilha de Páscoa e Polinésia Francesa, estávamos na Nova Zelândia, conhecendo o país dentro de uma Campervan.

O carro/casa era a nossa casa, foi a nossa primeira casa, quando decidimos morar juntos, a nossa primeira árvore de Natal montamos lá.

Tivemos os melhores cafés da manhã, preparados com muito amor e carinho pelos dois.

Tinha chá, suco, leite com café, pãozinho, geléia, queijo, frios, era melhor que muito hotel que já estive, muito bom.

Fizemos almoços, jantares, amor, passamos frio e calor, assistimos mais de um por-do-sol, ficamos no escuro, brincamos de estarmos em uma caverna apenas com lanternas, dormimos e acordamos, todos os dias, felizes.

O plano era viajar por toda ilha Sul e depois atravessar para ilha Norte de balsa e seguir conhecendo também este lado e fizemos.

Foram 18 dias com a Campervan e foi no penúltimo dia, no dia 10 de Dezembro de 2009, estávamos em uma praia maravilhosa, deserta, dizem ser considerada uma das dez ou vinte mais belas do mundo, chama-se "New Chums Beach" e nós lá, e ele veio, com dois pedaços de conchas, com aqueles olhos verdes lindos, cabelo comprido, anjo de cachos, lindo, dizendo, ou melhor, pedindo, se eu aceitaria casar com ele no dia 04 de Fevereiro de 2010, em Kuala Lumpur, Malásia, lá na Ásia, embaixada da Noruega, às 11 horas da manhã.

Eu sou super romântica mas antes de romântica eu tenho humor, palhaça mesmo, e claro que a primeira resposta foi "como assim, a gente já não ia, fez eu correr atrás de tanto papel lá no Brasil, me mandou até para ao Rio de Janeiro, fui ao Ministério das Relações Exteriores, fui a cartório, embaixada, consulado, tradutor juramentado, tive que pedir para testemunharem que eu era solteira e ainda registrar... você ainda tem dúvidas se eu vou usar toda essa papelada!".... e foi assim, o melhor pedido de casamento, o mais romântico, o pedido de casamento do meu Bacalhau para sua Caipirinha, EU!

No final do dia, tivemos direito até a brindar com nossa champagne, suco de uva verde, eu estava dirigindo e não podia mesmo beber nada alcoólico, super proibido, grande confusão se pararem, mas não importa, estava tudo perfeito, até nosso brinde de suco!

Claro que depois de passada toda emoção do pedido, do aceitar, fiquei lembrando meu Bacalhau, que o que tinha ganhado mesmo era um pedaço de concha como aliança.

Além de muito bem humorada e romântica eu também sou realista, afinal, história de amor e uma cabana, não existe, não dá, não me serve, vamos falar sério, por exemplo, por acaso se a gente não tivesse um dinheiro guardado como poderíamos estar dando a volta ao mundo?! hein!? então, tem que ter planejamento, ser responsável que aí as coisas acontecem ou melhor, temos a chance de fazê-las acontecerem.

Considerando tudo isso, e que eu merecia uma aliança de pedido de casamento de verdade, foi lá na Thailândia, exatamente no dia 13 de Janeiro de 2010, que meu amor fez uma surpresa para mim.

Saímos para fazer turismo na cidade e a primeira parada foi uma galeria de jóias e então eu pude ter a minha aliança de noivado, meu diamante ou melhor, diamantes, quatro, todos meus.

Depois da aliança comprada passamos por uma feira, compramos alguns maracujás, que adoramos, eu desde pequena e ele, apaixonou-se quando provou no Brasil.

Fomos para o hotel e comemoramos com muito maracujá.

Naquele momento percebi, a minha viagem de volta ao mundo continuaria mas nós não mais éramos apenas namorados e sim noivos e nos casaríamos em menos de um mês.